Cartilha



Introdução:
Começaremos com uma pergunta básica, qual de nós nunca usou uma câmera fotográfica? É quase que impossível hoje em dia uma pessoa nunca ter tido um contato com esse recurso tecnológico, esse material é de fácil acesso, podemos encontra-lo em celular, em tablete, notebook, no webcam do computador, e é claro na própria câmera digital ou analógica.
A câmera fotográfica nos serve como um aprendizado, digo disso pelo fato que por ela recebemos informações, seja ela um fato histórico, trágico, alegre, além de nos proporcionar um mix de sentimentos, seja quando tiramos uma fotografia ou quando olhamos uma imagem.
Dessa forma, vamos inclui-la nas nossas próximas aulas, onde iremos aprender sobre a linguagem fotográfica, sua história, sobre a câmara escura, fotografia no Brasil, fotógrafos brasileiros e para finalizar fabricaremos nossa própria câmera pinhole. Tenho a certeza que essa experiência irá nos trazer muito conhecimento e diversão, e então, vamos começar?!
História da fotografia:
Primeiros passos: A fotografia é uma obra produzida por vários criadores, ela evolui dia a dia, sua invenção foi o resultado da combinação de duas técnicas cientificas desenvolvida ao longo dos séculos sendo elas: ótica - a câmara escura; e química - a fotosensibilidade.
Câmara escura: A câmara escura nada mais é do que uma caixa onde um de seus lados recebe um pequeno furo que permite a entrada da luz, o recebimento da claridade faz com que parte oposta do furo, a imagem seja projetada. O primeiro a descobrir que a luz refletida de um objeto forma uma imagem invertida sobre um plano ao atravessar um orifício, foi o filósofo chinês Mo Ti, no século V a.C. O filósofo grego Aristóteles também teve sua participação com a criação da câmara, ele observou a imagem do sol, em uma eclipse parcial, projetando-se no solo em forma de meia lua ao passar seus raios por um pequeno orifício entre as folhas de um plátano. Observou também que quanto menor fosse o orifício, mais nítida era a imagem. Algumas figuras famosas também deram seu parecer, Leonardo da Vinci utilizava da câmara escura para esboças suas pinturas; o estudioso e cientista islâmico Alhazen utilizou da câmara para observar eclipses solares, a principio fez um relato completo incluindo experimentos com cinco lanternas de fora de uma sala com um pequeno buraco. Em 1550 o físico milanês Girolano Cardano, sugeriu o uso de uma lente sobre o orifício para que a imagem tivesse um resultado claro sem perder a nitidez.

A imagem a esquerda exibe a primeira ilustração publicada da câmara escura em 1545. E a imagem à direita mostra que as primeiras câmaras escuras foram grandes salas, essa aqui representada, foi construída em Roma no ano de 1646 por Athanasius Kircher.
Em 1620, Kepler inventou uma câmara escura portátil que viria a ser utilizada para ajuda na execução de desenhos.
O medico alemão Johann Schulze descobre no ano de 1727, que a luz sobre frascos contendo sais de prata é capaz de enegrecer as substâncias nele contidas. Dessa maneira o pesquisador químico Thomas Wedgwood tentou realizar a primeira fotografia através de um pedaço de papel impregnado de nitrato de prata. Ele colocou uma folha de árvore sobre uma folha de papel para assim expor a luz por algum tempo; a região atravessada pela folha ficou marcada por uma silhueta branca devido ao contato com a luz. Apesar de sua experiência não ter obtido o resultado que esperava, ele foi o primeiro a obter o negativo fotográfico rudimentar.
Em 1826, o francês Joseph Nicéphore Niépce, expos uma placa de estanho coberta com um derivado de petroleo fotossensivel chamado de betume branco da Judéia, durante aproximadamente 8 horas na sua camera escura fabricada pelo otico parisiense Chevalier, conseguiu uma imagem do quintal de sua casa. Essa imagem foi a primeira fotografia reconhecida como permanente do mundo, apesar de nao conter meios tons e não servir como litografia. Nièpce chamou o processo de "heliografia", gravura com a luz do Sol. Paralelamente, outro franc ês, Daguerre, produzia com uma câmera escura efeitos visuais em um espetáculo denominado "Diorama". Daguerre e Niépce trocaram correspondência durante alguns anos, vindo finalmente a firmarem sociedade com o proposito de aperfeiçoar a heliografia.
A sociedade não deu certa e Daguerre desenvolveu um processo onde placas de cobre eram recobertas com prata polida e sensibilizadas sobre o vapor de iodo, formando uma capa de iodeto de prata sensivel a luz. Mais do que de pressa o processo foi denominado daguerreotipia. A popularização dos daguerreótipos deu origem às especulações sobre o "fim da pintura", inspirando o Impressionismo. Niépce morre, e Daguerre descobre que uma imagem quase invisivel, podia-se revelar com vapor de mercurio, fazendo com que a revelação que durava horas para minutos. Daguerre descreveu seu processo à Academia de Ciências e Belas Artes, na França e logo depois requereu a patente do seu invento na Inglaterra.
Algum tempo depois, no ano de 1851, Frederick Scott Acher, descobriu que uma mistura de algodão de pólvora, álcool, éter, iodeto de potássio e nitrato de prata, resultava no colódio que deveria ser espalhado em uma chapa de vidro e esta ser exposta ainda úmida e ser revelada antes de secar. Esse colódio sofreu uma adaptação para que tivesse um custo mais baixo, ela teve o nome de ambrotipo. Posteriormente a gelatina estabelecu uma nova era na fotografia e deu fim ao colódio, apesar dessas placas secas de gelatina serem mais fáceis de lidar, era pesadas, frageis e se perdia muito tempo para substituí-las na camera. Outras tentativas foram feitas até que em 1861, Alexander Parker inventou a celulose, no mesmo ano John Carbutt, fotografo inglês, fazer a cabeça a um fabricante a fabricar chapas finas de celulose onde eram aplicadas a gelatina. Um ano depois Eastman CO.; produziiu peliculas de nirato de celulose em rolo, e em 1888 essa mesma empresa lança a Kodak nº. 1. A camera tornou-se muito popular e algum tempo depois teve uma alteração que tornava a celulose menos inflamável. O surgimento da fotografia colorida deu-se a Luis Ducós que propos o método substrativo, onde eram usadas várias camadas de gelatina no filme. A fotografia digital surgiu pela necessidade de praticidade que os fotografos tinham para percorrer longas distancias, para eles era complicado levar o laboratorio dentro da mala, e por muitas vezes isso não foi possivel. Na fotografia digital, a luz sensibiliza um sensor, chamado de CCD ou CMOS, que por sua vez converte a luz num cédigo eletrônico digitak, uma matriz de números digitais (chamados de pixels), que é armazenado em um cartão de memória. Hoje em dia podemos transferir os dados da câmera diretamente para a impressora podendo obter a imagem em mão rapidamente.
Fotografia no Brasil
O Brasil foi o primeiro da América Latina a cohecer a fotografia, um dos pioneiros dessa história foi Antoine Hercules Romuald Florence, um francês radicado no Brasil e que morava em Campinas, ele chegou ao Brasil em 1824, e logo iniciou suas pesquisas e invenções. Em 1830 Florence desenvolveu um processo fotografico que chamava de Pholygraphie. Seu experimento foi reconhecido nos anos 60, pelo fotografo Boris Kossoy que também era um estudioso de fotografia brasileira. Na década de 1970 várias oficinas e escolas de fotografia foram surgindo e na falta de espaços próprios para isso foram criadas varias galerias chamadas de Photogalerias, elas tinham como propósito inserir a fotografia no mercado da arte brasileira.
Fotografos Brasileiros
Entre os principais nomes de fotógrafos brasileiros estão: Sebastião Salgado, Cristiano Mascaro, Miguel Rio Branco, Luiz Carlos Felizardo, Hugo Denizart, Claudio Edinger, Mario Cravo Neto, Arnaldo Pappalardo, Kenji Ota e Marcos Santili.
Abaixo foto de alguns dos fotógrafos e uma de suas artes.
Sebastião Salgado - “AFRICA”.


Cristiano Mascaro – Brinquedo em movimento no parque de diversões.


Luiz Carlos Felizardo – L’Esperance.


Arnaldo Pappalardo – Chã de São Paulo.

 Agora que já sabemos estamos mais bem informados sobre nosso tema principal, vamos para a próxima etapa. Esta será experimentar um pouquinho do que os inventores da fotografia passaram para chegar até as câmeras atuais, iremos fabricar nossa própria câmera escura, também conhecida como pinhole.
Precisaremos dos seguintes materiais: Uma lata ou caixa de papelão tamanho de livre escolha, fita adesiva, papel seda ou papel de foto, alfinete ou prego pequeno, cartolina preta, papel alumínio e tesoura.
Modo de fazer:
1º passo: com a lata em mãos, fazer um furo no seu fundo com a tesoura;
2º passo: como precisaremos que esse furo seja o menor possível, então cobriremos ele com o papel alumínio, e então com o alfinete fazer outro furo;
3º passo: se for uma lata de Nescau, por exemplo, em sua tampa colocaremos o papel de foto, e lacraremos com a fita adesiva;
4º passo: com a cartolina preta, vamos embrulhar a lata, para que ela fique a mais escura possível, deixando apenas furo para fora;
5º passo: verificar se não está entrando nenhum tipo de iluminação em sua lata, caso a informação seja positiva, sua câmera estará pronta para uso.
6º passo: escolher uma superfície firme para posicionar a câmera e aguardar para obter o resultado.
Modelo:

Estamos preparados para nosso desafio, agora sim, mãos a obra!
Após nosso exercício feito, faremos nossa própria exposição!






























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